EXIF – Metadados na Fotografia Digital

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O que é metadado – Introdução e definição

Observe esta foto de 1940:

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O que conseguimos saber da imagem de acordo com as informações escritas nela? Na frente, vemos:

  • Data: 12/12/1940
  • Local: São Lourenço (RJ)
  • Fotógrafo: “Foto Lopes”

E no verso:

  • Nomes das pessoas e idade de uma delas: Salvador Russo e Cecilia com Jorge Tybiriçá aos 3 anos.

E se essas informações não estivessem sido escritas na época que a fotografia foi tirada? Hoje em dia, provavelmente, só quem está na foto iria saber esses dados. Isso se a pessoa se lembrar! Com esses dados perdidos, a foto perderia uma (grande) parte de seu significado.

Neste artigo, vamos falar de metadados e mostrar a importância de se ter certas informações “anotadas” em seus arquivos digitais.

Metadados são comumente chamados de dados sobre dados, ou informação sobre informação. Por exemplo, os metadados de uma foto serão as informações que este arquivo carrega consigo, sobre si mesmo. Como exemplos de metadados, podem ser citados: data e hora em que esta foi tirada, fabricante e modelo da câmera, entre outros. Mais à frente será apresentada uma lista maior.

Os metadados permitem catalogar e organizar coleções de fotografias de forma automatizada, além de serem amplamente utilizados por mecanismos de busca (como Google, Bing e Yahoo) para retornar resultados de imagens. Eles podem ser utilizados também no combate à pirataria e na localização de cópias não autorizadas de fotografias através da internet – por isso é importante que os fotógrafos tenham consciência de suas possíveis aplicações.


Lista geral de metadados

Além da foto em si, o arquivo de imagem geralmente leva as seguintes informações:

Textos diversos também podem ser adicionados aos metadados de uma fotografia, automaticamente ou não, como observações pessoais ou notas.

Algumas outras informações muito importantes que podem ser adicionadas nos metadados são o nome do autor e informações de direitos autorais (copyright). Para a maioria das câmeras, tais dados têm que ser inseridos manualmente quando a foto já está no computador. Contudo, com a Nikon D800 por exemplo, o fotógrafo pode escolher ter estes dados preenchidos automaticamente toda vez que uma foto é tirada.

Além disso, as fotografias podem carregar consigo informações da localização exata onde foram tiradas (se forem georreferenciadas). Para tanto, a câmera precisa ter um GPS embutido ou externo. Estas informações aparecerão nos metadados como longitude, latitude e altitude – apenas números sem muito sentido para a maioria de nós. A diferença é que quando essa imagem for aberta no Picasa ou Lightroom, por exemplo, o usuário consegue vê-la em um mapa, sabendo assim exatamente onde ela foi tirada.

Para ler mais sobre este assunto, visite Acessórios – GPS.


Como visualizar metadados

Para ter acesso aos metadados, o usuário precisa entrar nas propriedades da fotografia através do sistema operacional ou de algum software específico.


No Windows

Clique com o botão direito do mouse em cima do arquivo da fotografia, selecione Propriedades e clique na aba Detalhes.

No Windows 7, uma tela parecida com a mostrada a seguir será exibida.

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No Photoshop

Vá em Arquivo (File) e clique em Informações do arquivo (File info).

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No Lightroom

No modo Biblioteca (Library), role a barra lateral direita (abaixo do Histograma) até achar os metadados.

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No Adobe Bridge

No modo Essenciais (Essentials), veja os metadados da imagem selecionada na barra lateral direita. No modo Metadados (Metadata), eles ficam na barra lateral esquerda, como na foto abaixo. Para vê-los em uma janela, como no Photoshop, basta entrar em Informações do arquivo (File info) com o botão direito sobre a imagem ou no menu Arquivo (File).

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Online

Para ver os metadados guardados em uma imagem sem precisar usar nenhum desses programas citados acima, veja o site abaixo. Faça upload do arquivo e veja os (muitos) metadados da sua foto listados. Bem interessante.

Jeffrey’s Exif Viewer


Formato do arquivo dos metadados

Um dos tipos de metadados é salvo automaticamente em cada foto no momento em que esta é processada na câmera. O formato de arquivo deste tipo é o Exif (Exchangeable Image File Format), com o qual a maioria das câmeras digitais trabalha. Normalmente, esses dados não são editáveis. A especificação Exif trabalha com os formatos de imagem JPEG e TIFF 6.0, porém não é suportada nos formatos de imagem BMP, GIF, JPEG 2000 e PNG.

Há também as informações que o usuário pode acrescentar às fotos, manualmente, e os formatos mais comuns para este tipo de metadados estão listados a seguir:

Todos os metadados criados em quaisquer dessas normas citadas acima são sincronizados entre si.

A especificação XMP foi desenvolvida pela Adobe e é utilizada em seus aplicativos (Bridge, Photoshop, Lightroom, etc). Esta é suportada pelos formatos JPEG e TIFF 6.0, e também PDF, JPEG 2000, JPEG XR, GIF, PNG, HTML, TIFF, AI, PSD, PS, EPS, dentre outros de áudio e vídeo.

Os três esquemas IPTC trabalham com os formatos JPEG/Exif, TIFF, JPEG 2000 e PNG.

Há muito mais a falar sobre estas normas, mas o objetivo aqui é apenas apresentá-las. Para saber mais sobre elas, visite os links marcados na lista.


Metadados em batelada

Diversos softwares podem auxiliar na edição ou inserção de metadados em imagens em batelada (diversas imagens de uma vez). O Adobe Bridge, por exemplo, permite ao usuário adicionar estas informações a um grupo de fotografias antes mesmo de copiá-las do cartão de memória para o computador. Assim, estas fotos já entram no computador com todos os dados inseridos.

Sistemas operacionais também permitem a edição de metadados em batelada. Basta selecionar diversas fotos ao mesmo tempo, abrir as propriedades e então editá-las. Ao salvar, todas as fotos selecionadas deterão novos metadados salvos em si.

Se você pretende compartilhar suas fotos online, seja em sites de bancos de imagens, em um site pessoal ou em qualquer tipo de site, é bom atualizar os metadados dessas fotos, de forma que seu nome e outras informações que você considere relevantes fiquem salvas nas mesmas. É bom notar que algumas redes sociais apagam estes metadados. Veja o item Metadados nas redes sociais.


Em fotografia de banco de imagens – stock

Algumas agências de fotografia stock requerem que, antes de submeter as imagens, os fotógrafos atualizem alguns campos de metadados para identificá-las de modo preciso. A Getty Images, por exemplo, pede diversos dados para fotos a serem submetidas para seu portal, como local (cidade, estado e país), nome do autor, palavras-chave, descrição, assunto, dentre outros.

Veja a página 2 do documento: Getty Images – Creative Stills Self Funded Portal Submission Requirements (em inglês)


Metadados e localização de câmeras roubadas, furtadas ou perdidas

As aplicações dos metadados vão além de organizar e catalogar imagens em bancos de dados, facilitar buscas na internet, identificar autores e outras informações importantes… É possível usá-los, também, para se buscar câmeras roubadas ou perdidas.

Pelo menos é o que o site Stolen Camera Finder promete – eles se dizem capazes de buscar câmeras perdidas utilizando os metadados produzidos por elas. Mais especificamente, eles prometem encontrar imagens tiradas por uma mesma câmera, desde que o seu número de série esteja entre os metadados das suas imagens. Faz sentido, já que grande parte das câmeras digitais salva nas imagens o seu número serial. O site tem uma lista bem extensa de câmeras suportadas.

A página de casos de sucesso é bem interessante e traz exemplos de pessoas que conseguiram recuperar suas câmeras, além de casos mencionados na imprensa (o que lhes dá mais credibilidade).


Metadados nas redes sociais

Por medida de segurança e proteção à privacidade dos usuários, algumas redes sociais como Facebook e Twitter removem os metadados das fotos que são carregadas nos seus servidores.

Para artistas que utilizam estas redes para divulgar o seu trabalho e atrair clientes, o fato de os metadados terem sidos removidos das imagens dificulta que um fotógrafo descubra se suas fotos estão sendo utilizadas de forma indevida por outrem, ou que um ilustrador descubra que seus desenhos estão circulando na rede sem levar seus créditos.

Além disso, a remoção dos metadados “esconde” as imagens do mecanismo de busca de câmeras perdidas mencionado anteriormente. Com isso, achar uma câmera roubada, furtada ou perdida ficaria mais difícil se o “novo dono” apenas postar as fotos no Facebook e não em outros sites que mantenham os metadados.

Por outro lado, a remoção destes metadados pode ser benéfica para indivíduos que não querem deixar em aberto muitas informações sobre as suas imagens, como por exemplo dados de georeferenciamento, nome do autor, entre outros, protegendo a sua privacidade. Nas redes que contam com um universo de milhões de usuários, é possível que um percentual deles deseje manter determinados detalhes de suas fotografias para si mesmos, sem revelar para o mundo, por exemplo, quando e onde a imagem foi produzida exatamente.

Como sempre, há prós e contras. Mas a mensagem principal a ser passada aqui é: o Facebook e o Twitter, dentre outras redes sociais, atualmente não salvam os metadados das fotografias, e não dão a opção de deixá-los agregados a elas. Então, cuidado ao achar que essas redes são ferramentas boas para guardar suas memórias, já que alguns detalhes (que podem ser importantes para você) poderão ser perdidos.

O site Embedded Metadata fez um teste para saber quais redes sociais apagam os metadados das fotografias. Resumidamente, a lista é a seguinte:

      • Mantém os metadados: Google+
      • Mantém os metadados mas não os deixa visíveis online: Dropbox, Flickr, Pinterest, Tumblr (quem vê as fotos não consegue ver os metadados, porém quem baixa o arquivo consegue vê-los)
      • Apaga os metadados: Facebook, Instagram, Twitpic, Twitter

Se quiser ler mais detalhes sobre o teste, entre em: Social Media Test Results


Para saber mais


Publicado por Câmera Neon em 2013-10-11 14:49:58. Última atualização em . [sc:end2 ]

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