Conteúdo
- Comece Aqui
- Introdução à Regra dos Terços (como visto em Composição na Fotografia)
- Regra dos Terços – Continuação
- A Origem da Regra dos Terços
- Tópicos Importantes Relacionados à Regra dos Terços
- Para Saber Mais sobre a Regra dos Terços
- Para Saber Mais sobre Composição na Fotografia
Comece Aqui
Este texto é um aprofundamento do assunto já falado anteriormente, na página Composição na Fotografia. Antes de começar a ler, responda à seguinte pergunta, para ler a Introdução ou a continuação do nosso artigo.
Você já leu a Introdução à Regra dos Terços na Fotografia, da página Composição?NÃO Clique no título abaixo para ler a Introdução.
SIM Continue lendo aqui embaixo.
Regra dos Terços – Continuação
A Regra dos Terços não é exclusiva da fotografia. Ela é a base da composição desde tempos remotos no desenho e na pintura, e em todas as áreas das artes visuais, como publicidade, design gráfico, cinema e vídeo, por exemplo. A seguir, serão apresentados sua origem e alguns tópicos importantes sobre ela.
A Origem da Regra dos Terços
No século V, o escultor, arquiteto e pintor grego Phidas fez as esculturas do Parthenon usando a Proporção Áurea (ou Proporção Divina), cuja medida aproximada é igual a
1,618…
Este número irracional passou a ser chamado de φ (phi) em sua homenagem. Muitos outros cientistas, artistas, arquitetos, etc, como Leonardo da Vinci, Salvador Dalí, Mondrian e até mais recentemente o arquiteto Le Corbusier, usaram esta proporção para chegar a desenhos e proporções mais harmônicos nas suas pinturas, esculturas, arquitetura, etc. Acredita-se que até as pirâmides de Giza, no Egito, foram construídas usando a Razão Áurea.
E, a partir desta, foi criada a Espiral Áurea, que é uma espiral logarítmica associada às propriedades geométricas do Retângulo Áureo. Sua razão de crescimento é φ. Podemos ver esta espiral em diversas figuras da natureza, como plantas, conchas e até mesmo em galáxias – assim como na arte.
Se quiser ver um passo-a-passo de como a Espiral Áurea é desenhada, clique aqui: Golden Spiral – Wolfram Demonstrations Project by Yu-Sung Chang
Veja abaixo uma animação demonstrando como a Espiral Áurea e a Proporção Áurea são “somadas” para que se chegue à Regra dos Terços.
1- Se sobrepusermos a Espiral Áurea quatro vezes, em todas as direções, temos quatro pontos de interesse (onde cada uma delas se concentra) – e são aqui mostrados em azul.
2- Em seguida, traçamos duas linhas horizontais e duas verticais, demarcando os limites das áreas onde as espirais começam a se concentrar, e esta é a Proporção Áurea (em amarelo). Os quatro pontos de interesse da Proporção Áurea também podem ser chamados de pontos de ouro.
3- A partir dos pontos focais mostrados em azul e amarelo, percebe-se facilmente que a Regra dos Terços é a simplificação da Proporção Áurea e das Espirais Áureas. Perceba que toda a área entre um ponto amarelo, passando pelo vermelho e indo até o azul pode ser considerada uma área de interesse da fotografia, onde se deve tentar posicionar os objetos mais importantes da composição. A Regra dos Terços, enfim, nada mais é do que uma forma mais fácil de “enxergar” esses pontos.
Para sermos práticos…
Trace a grade da Regra dos Terços e a partir daí, tendo em mente onde são os quatro pontos de interesse da fotografia, sabendo-se que é possível avançar um pouco mais para dentro ou um pouco mais para fora dos mesmos. Veja a imagem abaixo, que resume tudo isso:
Observação: a espiral de Fibonacci é bem similar à Espiral Áurea, mas é bom deixar claro que elas não são a mesma coisa. Ambas são frequentemente confundidas justamente pela similaridade entre elas.
Para saber (mais) sobre a diferença entre Espiral de Fibonacci e a Espiral Áurea acesse: Golden Spirals and Fibonacci Spirals (em inglês)
Tópicos Importantes Relacionados à Regra dos Terços
Contrapontos
Quando fotografar dois objetos, observe se eles merecem igual importância na composição, ou se um merece mais destaque que o outro.
Clique na foto de exemplo para ampliá-la e vê-la em duas versões: com e sem grade.
Antes de bater esta foto, foi decidida a seguinte hieraquia: a flor de baixo seria o objeto dominante da imagem, e a de cima seria o subordinado. Assim, a flor de cima foi desfocada, para que a de baixo recebesse mais destaque, e ambas foram posicionadas em dois pontos de interesse opostos.
Linha do Horizonte
Experimente posicionar a linha do horizonte em uma das linhas dos terços, e não no centro.
Clique nas fotos de exemplo para ampliá-las e ler as legendas.
Close-ups de Pessoas e Animais
Quando fotografar pessoas, procure os pontos mais fortes de seus rostos para colocar nos pontos de interesse da fotografia, como os olhos, a boca ou alguma outra parte à qual se queira dar destaque. Isso também serve para close-ups de animais.
Clique nas fotos de exemplo para ampliá-las e ler as legendas.
Fugindo do Centro
Com o objeto principal no centro da fotografia, a imagem tem uma grande chance de ficar monótona, porque os olhos do observador não têm para onde ir depois do ponto focal. Na foto abaixo, observe como a árvore maior (que é o objeto principal) foi posicionada no terço da esquerda. Após olhar a mesma, o observador atravessa todo o restante da composição.
Cores Contrastantes e a Regra dos Terços
Também é possível se aplicar a Regra dos Terços com cores vibrantes e/ou contrastantes que dominem a fotografia.
Clique nas fotos de exemplo para ampliá-las e ler as legendas.
Objetos em Movimento
Quando fotografar uma pessoa, animal ou objeto em movimento, procure criar um “espaço” na foto, na direção para onde ele está indo.
Veja o exemplo abaixo, onde o carro se move da esquerda para a direita. Ele ocupa os dois terços da esquerda da fotografia, sendo que o terço da direita foi deixado como um espaço para ele se mover.
Quando é Justificável Não se Usar a Regra dos Terços
Há fotografias com as quais se quer passar a ideia de simetria e estabilidade. Nesses casos, é aconselhável não se usar a Regra dos Terços da maneira mais óbvia – ou nem usá-la, simplesmente. Ter conhecimento desta e de todas as outras regras de composição é importantíssimo – a partir daí, decidimos quando usá-las ou não.
Nos exemplos abaixo, as linhas convergentes e a simetria fez com que escolhêssemos não usar a Regra dos Terços para uma composição mais interessante.
Clique nas fotos de exemplo para ampliá-las.
Recortando Fotos para Adequá-las à Regra dos Terços
Muitas vezes, tendo tanta coisa para pensar na hora de bater uma foto, pode acontecer de esquecermos da Regra dos Terços – ou simplesmente não gostarmos do resultado, mesmo com ela tendo sido aplicada. O que se pode fazer, facilmente, é recortar (cropar) a foto em um programa de pós-processamento de imagens. No Photoshop e no Lightroom, por exemplo, com a ferramenta Recortar (Crop), pode-se ativar a visualização da grade dos terços, para facilitar o seu trabalho.
Clique nas fotos de exemplo para ampliá-las e ler as legendas.
Para Saber Mais sobre a Regra dos Terços
- José Loureiro Photography – Regra dos Terços na Fotografia (em português)
- Cambridge in Colour – Rule of Thirds (em inglês)
Para Saber Mais sobre Composição na Fotografia
Quer aprender como escolher – e destacar – o objeto principal da sua fotografia, ou como combinar cores? Leia sobre estas e todas as nossas 14 regras de composição em Composição na Fotografia
Publicado por Câmera Neon em 2013-12-27 20:19:40. Última atualização em . [sc:end2 ]