Filtro Polarizador – Fotografia
Conteúdo
- O que é um filtro polarizador
- Quando utilizar o filtro polarizador e para que serve
- Quando o filtro polarizador atrapalha
- Como funciona o polarizador
- Filtro polarizador linear X filtro polarizador circular
- A luz polarizada
- Formato e montagem do filtro
- Outras informações importantes
- Revestimentos
- Filtros polarizadores combinados
- Fator de extinção
- Lista de fabricantes de filtros polarizadores organizados por ordem alfabética
- Arco-íris e birrefringência
O que é um filtro polarizador
Os filtros polarizadores
são acessórios que ajudam a reduzir reflexos indesejados de superfícies diversas não-metálicas na fotografia. Eles são indispensáveis para fotografia externa, ou para fotos tiradas por detrás de vidros e outras superfícies transparentes. Há diversas formas de encaixe dos filtros polarizadores nas lentes da câmera. Os mais comuns são rosqueáveis na frente da mesma. Mais adiante, todos os tipos serão apresentados.
Normalmente os filtros polarizadores são feitos de vidro fotográfico revestido por uma ou mais camadas de materiais sintéticos, que filtram ondas de luz não-polarizadas (ou polarizadas em determinadas direções).
Quando utilizar o filtro polarizador e para que serve
Além de proteger a frente da lente de possíveis impactos, os filtros polarizadores têm o potencial de melhorar fotografias ao reduzir reflexos indesejados e evitar destaques (highlights). Isto permite que o fotógrafo aumente o tempo de exposição, levando a uma maior saturação de cores na imagem.
Filtros polarizadores são ótimos aliados do fotógrafo para controlar a luz de forma seletiva.
Os seguintes exemplos servem de inspiração e mostram como estes filtros podem modificar/melhorar fotografias:
• Fotografias de paisagens, para deixar o azul do céu mais saturado.
• Fotografias de lagos, mares, rios ou espelhos d’água, para reduzir o reflexo da luz na superfície da água e com isso ver melhor através dela (quando o rio/lago for raso, consegue-se até ver o fundo).
• Retratos de pessoas molhadas ou suadas, para reduzir o reflexo da luz do sol na pele.
• Fotografias de plantas, jardins, florestas, para reduzir o reflexo do sol nas folhagens e aumentar a saturação de cores.
• Fotografias através de vidros (desde que não sejam temperados), como de dentro do carro ou de uma vitrine para reduzir o reflexo do sol nos mesmos.
• Em conjunto com filtros de densidade neutra, para reduzir, de forma controlada e não-linear, a passagem de luz, permitindo assim exposições mais longas durante o dia.
• Fotografias de paisagem distante em locais úmidos ou poluídos, para retirar o esbranquiçado causado pelo reflexo da luz do sol nas moléculas de água na atmosfera, ou em partículas do ar.
Quando o filtro polarizador atrapalha
Há momentos em que ter o filtro polarizador montado na frente da sua lente não é uma boa escolha. Sendo mais uma superfície entre o ambiente e o sensor da câmera, ele reflete ou absorve parte da luz que o atinge, geralmente causando uma perda de um ou mais f/stops. Isto significa que para situações de pouca luz ou fotografia de interiores sem o uso de tripé, o uso do filtro faz com que seja aumentado o tempo de exposição necessário.
Em outros casos, mesmo em fotografias externas diurnas, o filtro polarizador também pode atrapalhar. Quando alinhado com o reflexo da água, ele pode ocultar os arco-íris. Veja o exemplo abaixo de uma foto tirada com e outra sem o filtro polarizador:
Na foto com o filtro polarizador, o arco-íris não aparece.
Há casos de algumas fotografias que podem perder muito de sua identidade sem a presença de reflexos. Nestas fotos, a última coisa que o fotógrafo quer é ter um filtro polarizador. Veja alguns exemplos:
Prancha refletida na areia molhada. Com o filtro polarizador, boa parte do reflexo some, fazendo com que seja perdida a parte mais importante da composição.
A foto sem o filtro polarizador mostra nitidamente o reflexo do edifício. Com o filtro polarizador o reflexo praticamente some e tira todo o charme da imagem.
Fotos através de vidros temperados utilizando filtros polarizadores costumam não mostrar as cores reais do ambiente, pois são sobrepostas por um efeito de arco-íris – criando assim o que chamamos de birrefringência. O exemplo a seguir mostra uma fotografia tirada de dentro de um avião com cores alteradas devido ao filtro polarizador.
Se você usar o filtro polarizador para fotografar telas de cristal líquido (alguns monitores de computador, tablets e televisões de antigamente – hoje a maioria deles é de LED), estas vão sair pretas, como se os aparelhos estivessem desligados. Veja um exemplo abaixo.
Como funciona o polarizador
Geralmente, os filtros polarizadores polarizam a luz que passa através deles por absorção seletiva. Eles absorvem (não deixam passar) dois tipos de ondas de luz: as não-polarizadas e as polarizadas em uma direção que seja desalinhada à direção de passagem.
Como nada se perde, tudo se transforma, a luz absorvida pelo filtro se transforma em energia térmica – calor.
O intuito do filtro polarizador é fazer com que apenas as ondas que oscilam em uma direção específica passem por ele, e é isto que causa a perda de luminosidade de 1 ou mais stops.
O fotógrafo pode escolher a direção do bloqueio de luz rotacionando o filtro. Antes de fotografar, é necessário observar como os reflexos mudam e então escolher a melhor posição do filtro. Na maioria das vezes esta é uma tarefa simples. Basta deixar a marcação do filtro apontando para o sol (se o seu filtro tiver uma). Veja foto ilustrativa.
Contudo, em outros casos, a luz que chega à câmera pode estar polarizada em duas direções diferentes. E, dependendo da rotação do filtro, uma parte da cena vai ter reflexos e a outra não. Cabe ao fotógrafo decidir qual é a direção de rotação mais adequada.
Veja a imagem comparativa a seguir. A foto de cima teve os reflexos no vidro e capô do carro eliminados, mas os reflexos na lateral ainda estão presentes. Na de baixo, aconteceu o contrário: os reflexos na lateral foram bloqueados, mas ficaram bem marcados no capô e para-brisa.
Filtro polarizador linear X filtro polarizador circular
Na hora de comprar um filtro polarizador, o fotógrafo pode escolher entre dois tipos: o linear e o circular. Ambos adicionam o mesmo efeito de polarização à imagem final, contudo suas funcionalidades são diferentes.
Todas as câmeras DSLR funcionam em seus modos automáticos ou semi-automáticos com os filtros polarizadores circulares, enquanto com o filtro linear as câmeras digitais perdem a capacidade de foco automático e também de medição de luminosidade. Isto ocorre porque os filtros polarizadores lineares não adicionam o efeito de polarização circular na luz que passa por eles e atinge o sensor da câmera.
A olho nu, sem que se façam alguns testes, não há como diferenciar um polarizador circular de um linear.
Filtro polarizador linear
Os filtros polarizadores lineares filtram a luz que passa por eles, permitindo que ondas de luz polarizadas em uma única direção passem através de si.
Como os sistemas de foco automático e de medição de luminosidade (metering) dependem de luz incidente em uma variedade de direções para funcionar, o fotógrafo perde a opção de utilizar o foco automático da sua lente e também passa a receber leituras incorretas do medidor de luminosidade. Ou seja, qualquer modo automático ou semi-automático da câmera digital para de funcionar corretamente quando um filtro polarizador linear é colocado na lente.
Então, apesar das leituras de luminosidade ficarem incorretas, se o objetivo final é UNICAMENTE tirar fotos no modo manual da câmera DSLR, então o filtro polarizador linear vai funcionar bem.
Filtro polarizador circular
Filtros polarizadores circulares nada mais são do que filtros lineares com uma camada de revestimento extra, chamada de lâmina de onda (quarter wave length). Este revestimento adiciona um efeito de rotação à direção da onda de luz polarizada. Veja como isso acontece abaixo. Lembre-se que a luz é uma onda eletromagnética.
1- Primeiro, o filtro polarizador linear filtra linearmente a luz;
2- Depois, a camada de polarização circular faz com que a luz passe a sair com uma amplitude, que varia sua direção circularmente de forma constante ao longo do tempo, nos sentidos horário ou anti-horário.
Filtros polarizadores circulares funcionam bem com o sistema de metering (medição de luminosidade) e foco automático de câmeras digitais. As câmeras digitais conseguem se adaptar à perda de luz que o filtro causa. Se forem utilizadas em modo automático, prioridade de abertura ou prioridade de velocidade do obturador, as câmeras compensam automaticamente as configurações para a melhor exposição.
Filtros polarizadores circulares geralmente são mais caros do que os lineares, devido ao seu processo de fabricação mais complexo. Por isso é que, geralmente, os óculos polarizados utilizam lentes com filtros lineares (mais baratas e funcionais com o olho humano).
Ambiguidade na nomenclatura
Filtros polarizadores circulares não necessariamente têm formato circular. Eles podem ter um formato retangular e são finos como uma lâmina, por exemplo.
A luz polarizada
Quando iluminados, fluidos e superfícies não-metálicas refletem luz polarizada em determinada direção e ângulo.
Se ajustados corretamente, os filtros polarizadores absorvem a maioria destes reflexos e têm o propósito de deixar apenas ondas de luz polarizadas em uma determinada direção passar.
Formato e montagem do filtro
Dentre as diversas opções de encaixe/montagem de filtros em lentes, a mais popular para DSLRs é a circular rosqueável frontal. Existem ainda os filtros tipo lâminas (retangulares) e os de montagem deslizante. Para lentes que não têm uma rosca na frente, o encaixe baioneta pode ser uma solução.
Vamos falar de cada tipo a seguir.
1- Circular/frontal
Os filtros polarizadores mais comuns são de formato circular e se encaixam na parte frontal da lente por meio de uma rosca. O tamanho do filtro é definido pelo seu diâmetro em milímetros.
É necessário ressaltar que os filtros apenas se encaixam em lentes com o mesmo diâmetro deles, a não ser que um anel adaptador seja utilizado. Assim, um filtro de 77mm se encaixa perfeitamente em uma lente de diâmetro igual a 77mm e não se encaixa em uma lente de diâmetro 55mm, por exemplo.
2- Lâminas
Este tipo de filtro polarizador tem um formato retangular, e para encaixá-lo na lente são necessários um suporte de filtro e um anel adaptador. Estes filtros são mais comumente utilizados em fotografias de estúdio, já que não permitem rotação individual sem que outros filtros montados no mesmo suporte sejam rotacionados também. Isto é um problema particularmente quando o filtro polarizador é utilizado em conjunto com um filtro de densidade neutra gradual.
O vídeo a seguir da Lee Filters mostra a montagem deste tipo de filtro no minuto 1:31s.
3- Filtros polarizadores de montagem deslizante
Estes filtros também têm um formato circular e se encaixam em um espaço específico na parte posterior ou central da lente, dependendo do design da mesma. Para girar estes filtros, utiliza-se um pino, não sendo necessário desmontá-los da lente.
Exemplo de filtro polarizador de montagem deslizante da Nikon
As lentes que são compatíveis com este tipo de filtro são uma minoria. Alguns exemplos são:
Canon: EF 200mm F/1.8L, EF 300mm F/2.8L, EF 400mm F/2.8L II, EF 500mm F/4.5L, EF 600mm F/4L.
Nikon: AF-S Nikkor 200 f2G, 800 f5.6E.
Estas lentes têm um diâmetro frontal tão grande que iriam requerer filtros de diâmetros enormes. E para filtros maiores, seriam necessárias técnicas de fabricação mais complexas, mais gasto de material e, assim, os preços seriam maiores. Aqui é que entram os filtros de montagem deslizante, que por terem diâmetros menores do que o diâmetro frontal da lente, têm uma fabricação mais simples e consequentemente saem mais econômicos para o bolso do fotógrafo.
O vídeo a seguir da B&H Photo Video de Nova York mostra, no minuto 3:58s, um destes filtros sendo retirados de uma lente da Canon 1200mm f5.6.
4- Baioneta
Como o nome já diz, este filtro polarizador é montado à lente com um encaixe baioneta. Em alguns casos, isto significa um sistema de encaixe rápido com 1/4 de volta na frente da lente. Em outro casos, é como a montagem de um para-sol na frente da lente com dois botões, ou um encaixe deslizante. Este tipo de montagem é mais comum para adaptadores de filtros para câmeras compactas, que não têm uma rosca na frente da sua lente.
O vídeo a seguir da Lens Adapters mostra um encaixe tipo baioneta de um adaptador para filtros frontais rosqueáveis em câmera compacta.
Outras informações importantes
Filtros polarizadores de montagem frontal rosqueável de marcas diversas funcionam em qualquer câmera/lente. Isto significa que um filtro da Canon, por exemplo, funciona em uma câmera de outro fabricante tão bem quanto em uma câmera da própria Canon.
Contudo, filtros de montagem deslizante ou inversa têm encaixes específicos compatíveis apenas com determinadas lentes. Nestes casos, por exemplo, um filtro deslizante da Canon não é compatível com uma lente da Nikon.
Filtros circulares para montagem frontal com armação espessa podem causar um efeito de vinheta indesejável na foto. Dê preferência a filtros com estrutura metálica fina, o que vai potencialmente evitar que as suas fotos fiquem com as bordas escurecidas.
A maioria dos filtros tem uma rosca na frente, que permite sobrepor (stack) outros filtros. Por exemplo, um filtro polarizador + um filtro de densidade neutra. Veja o vídeo abaixo. Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de manusear um filtro polarizador rosqueável, o vídeo também mostra como é simples instalá-lo na câmera e ajustar o ângulo de passagem da luz. Veja também como filtros de diâmetros diferentes não encaixam na mesma lente e como manusear o filtro polarizador com o para-sol instalado na lente não é das tarefas mais simples.
Telas de cristal líquido, como monitores LCD ou relógios digitais, emitem luz polarizada. Por isso, o fotógrafo deve prestar atenção à orientação do seu filtro polarizador quando for tirar fotos de telas de LCD para não filtrarem toda a luz emitida por estes aparelhos (exemplo do primeiro modelo de iPad, mostrado no vídeo a seguir).
Revestimentos
Alguns filtros polarizadores apresentam uma ou mais camadas de revestimentos que servem para reduzir aberrações cromáticas e evitar reflexos indesejados (flare) na imagem. Filtros de baixa qualidade ou sem múltiplas camadas de revestimento podem tender ao flare, tirando detalhes da fotografia.
Filtros de melhor qualidade causam menor perda de luminosidade, têm melhor fator MTF, e também criam menos aberrações na imagem, ou seja, degradam menos a fotografia.
Os revestimentos e seus métodos de aplicação são segredos dos fabricantes dos filtros. O que sabemos é que são compostos por camadas muito finas, da ordem de nanômetros, que são distribuídas igualmente na superfície do filtro, para evitar manchas escuras ou claras e degradês na fotografia.
Em filtros bons, as camadas externas normalmente são endurecidas para torná-los filtros resistentes a arranhões e impactos. Além disso, são resistentes/repelentes a água, óleo e manchas, para facilitar a limpeza.
Filtros de baixa qualidade podem apresentar revestimentos distribuídos de forma irregular por sua superfície. Portanto, é possível que um filtro com revestimentos múltiplos de baixa qualidade apresente resultados na fotografia piores do que filtros sem revestimento algum. Além disso, fabricantes de filtro de alta qualidade garantem a durabilidade de seus revestimentos por muitos anos de uso, ao contrário dos filtros de baixa qualidade, porque provavelmente não passaram por programas de pesquisa, desenvolvimentos e testes em laboratórios rigorosos.
Filtros polarizadores combinados
Os filtros polarizadores mais caros normalmente são os que combinam, em um único filtro, efeitos de polarização com um outro efeito, como o de intensificação de cores ou de aquecimento de imagem, por exemplo.
Isto traz o benefício de combinar múltiplos efeitos sem ter que usar 2 ou mais filtros e, com isso, perder luminosidade.
Fator de extinção
O fator de extinção é uma forma de medir a qualidade de um filtro polarizador. Nenhum filtro polarizador é capaz de filtrar 100% da luz não-polarizada ou 100% da luz polarizada em uma direção diferente da direção de passagem. Isto significa que os filtros polarizadores deixam passar uma parte da luz indesejada sempre. Por melhores que sejam, eles apenas reduzem os reflexos, nunca eliminando-os completamente. O fator de extinção, então, nada mais é do que uma medida da eficiência do filtro polarizador.
Os fabricantes e/ou comerciantes não disponibilizam esta informação, então fica difícil para o consumidor final (fotógrafo) conseguir comparar a eficiência de dois filtros polarizadores na hora da compra.
Diferentes materiais de fabricação levam a diferentes fatores de extinção. Polarizadores mais modernos utilizam nanopartículas de cobre e prata e são mais eficientes do que os feitos por folhas de polímeros.
Lista de fabricantes de filtros polarizadores organizados por ordem alfabética
Asteriscos indicam o nível de preço normal, variando de 1 a 3. Os com filtros mais baratos não receberam asteriscos. Fabricantes com filtros de diversas qualidades foram marcados de acordo com as suas linhas top.
- Adorama
- AGFA Photo
- B+W **
- Canon *
- Cavision
- Century Optics
- Cokin **
- Formatt **
- Hasselblad
- Heliopan **
- Hitech *
- Hoya *
- Kenko *
- Konika Minolta
- Lee Filters **
- Leica **
- Mamiya
- Marumi *
- Moose
- Nikon *
- Opteka
- Panasonic *
- Pentax
- Polaroid
- Pro Optic
- Rodenstock **
- Rollei **
- Rosco **
- Schneider Optics ***
- Sigma *
- Singh Ray **
- Sony
- Sunpak
- Tiffen ***
- Vivitar
- Vocas **
- Zeiss **
Arco-íris e birrefringência
Quando luz polarizada, como o azul do céu ou o reflexo de vidros, passa através de um vidro temperado, como os das janelas de um carro ou de um avião, e depois é filtrada por um filtro polarizador antes de chegar no sensor da câmera, o resultado é que a câmera “vê” um arco-íris, ou cores diversas em torno das áreas de concentração de tensão mecânica do vidro. O mesmo ocorre quando utilizamos óculos escuros polarizados.
Isto ocorre porque, neste caso, devido à concentração de tensão no vidro temperado, este se comporta como um material birrefringente e dependendo do comprimento de onda da luz e da tensão mecânica local a que o vidro está submetido, o vidro rotaciona a luz polarizada vinda do céu azul ou refletida pela janela. E quando esta luz passa pelo filtro polarizador da câmera (neste caso pode ser chamado de um analisador) todos os nódulos de tensão ficam visíveis.
Publicado por Câmera Neon em 2013-08-26 23:50:25. Última atualização em .